Pedaços de gente
Na beira da calçada
Sobre a pedra fria
Esmagados...........
Feridos..........
Roubados..........
As passadas tocam
As margens deste corpo
Cada vez mais alheias
Aos gemidos e às dores
Pedaços de gente
Para quem o pão ressequido
É o tocar este céu baixinho
Já não ouvem uma palavra
Nada esperam desta maldita raiva
Que lhes impuseram
Pedaços de gente
Que trazem o olhar turvo e distorcido
Estranhos cobertores
Tapam a miséria de papelão
E ninguém diz nada
Pedaços de gente
Em extrema solidão.
Pedaços de gente
Esmagados pelas mãos
De quem nunca soube
Abrir a alma
A um grito de pobreza.
6 comentários:
A sua escrita deixa-me algo que um dia alguém lhe dará o devido valor.
Bendita alma que deixa na bruma do silêncio o respirar dos sentimentos.
Já aqui passei diversas vezes sinto-me bem não só pela beleza do espaço mas essencialmente por tudo aquilo que aqui escreve,das metáforas cria hinos dignos de registo.
É com alegria que vejo boa poesia aqui.
O meu generoso obrigado.
Atenciosamente
M.A.
Olá, gosto muito da apresentação do seu blogue.
Gosto muito de o visitar.
Beijinhos,
Fernandinha
Adorei o poema.
Beijinhos,
Fernandinha
Voltei para desejar bom dia.
Beijinhos,
Fernandinha
Uma cartola de papel
Guarda o sortilégio, a emoção
Um passo de mágica ao acaso
Às vezes solta luz ao coração
Mágico fim de semana
Doce beijo
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