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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

ESTILHAÇOS DE VIDA

Do cinza do dia
Vestiste o teu olhar
Deixaste tombar lentamente
As lágrimas de um Outono
Na pedra fria
Onde a nudez das tuas passadas
Se afogam nesse charco
Plantado no meio da rua
E o vento
Essa eterna dança
Num voo liberto
Varre-te o pensamento
Enquanto a alma
Arde na fogueira do lamento

Porque choram teus olhosEstilhaços de vida?
Talvez porque o tempo
Não é face mas sim disfarce
De um mistério plasmado
No arrepio de um choro.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Este é o Primeiro


Este é o primeiro
De outros que se soltarão da pena
Sem medos ou anseios
Leves como o vento
Que beija o estremecer da folhagem
Livres como o pássaro
Que abraça este céu aberto
Intensos como o estremecer
Deste gigante de água que nos faz acreditar
Que é preciso remar aqém de nós

Este é o primeiro
Que o silêncio não aprisionou
Que a lágrima nao sufocou
Que a voz nao quedou
Que a dor não maculou
Nos compassos da vida

Este é o primeiro
De um tempo
Gerado no azul incerto
Rodeado de firmes sílabas
Espalhadas pelas mãos
De uma Alma em viagem.