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domingo, 23 de dezembro de 2007

Mão Estendida

Fecham-se os olhos

Ao tombar o grito da pobreza

No beco da alma

Ressoam esmolas

Nas mãos ressequidas

Desta pequenez que nos gerou


Rompe-se o destino

Em farrapos incertos

E o mundo avança

Num correr sem medida

Contra o tempo

Que de ti se alimenta
Fecham-se portas e janelas

A noite pica as estrelas

Escondidas no medo

Que disseca o corpo

Caído nos escombros da vida
E tudo se esvazia

Até a côdea seca

Já nada resta

A não ser

Uma mão estendida numa noite de Natal.


3 comentários:

Anónimo disse...

Olá!
Quero agradecer as visitas ao meu blog e a presença ao longo deste ano.
Obrigado pela companhia!:)
Desejo tudo de bom para este ano que se avizinha!!
Beijinho

O Profeta disse...

Olhos abertos de espanto
A esperança renovada
Há um novo ano que anuncia
Os passos da felicidade na sua chegada

E porque gosto de ti
Companheira de viagem
Que a minha companhia
Não seja uma miragem

E porque tocaste o profeta
Com a delicadeza da tua terna mão
No abrir das minhas portas
Ilumino teu coração


Um mágico 2008


Um beijo de luz

Divinius disse...

Uma mão estendida numa noite de Natal...
Devia é de existir uma mão estendida o ano todo...

:)