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segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Mãos Vazias

Mãos vazias
Tecem gestos emaranhados
Alastram raízes
Na branda terra que as olha
Cavam regos de tempo
Semeiam horas perdidas
Colhem frouxas sombras
Fragmentos de anos idos
Rasuras flageladas
Na cruz retorcidae amordaçada na dor
Que lentamente poisa
Nos braços da mágoa

Mãos vazias
Num áspero lamento
Vagueando entre a pena que se tem
E a que se perde
Em memórias
De tinta azul.

2 comentários:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Vertice da alma,grata pela visita ao meu cantinho.
Fico feliz de ter amigas (os), que escrevem poemas tão lindos.
Adorei!!!
Muitos beijinhos!
Fernandinha

Embryotic SouL disse...

Perfeitas e profundas são sempre, as letras, palavras, os versos que atiras nas mãos do vento. Às memórias, àquelas que esvaem em cada letra, gota de sangue, à vazia mão que escrevinha pela pena em lamento. Adorei.

Beijo Sentido