Seguidores

segunda-feira, 16 de julho de 2007

EXPOSTA



Exposta neste canto esbranquiçado
Ao sabor das horas mornas
Sou um pano rasgado
Desbotado
Pendurado na correria
De um tempo virgem
Cabelos soltos
Lavados na maré do olhar
Tocam a sombra
Das mãos que incessantemente
Batem no eco
E se esvaziam
Sou pessoa neste barro decadente
Que molda o grito
Em múrmurios
Em sílabas
Em gestos
Que amei no breu cru da cidade
Exposta neste canto esbranquiçado
Pico as estrelas escondidas
Nas bolhas da minha alma.

Sem comentários: