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quinta-feira, 21 de junho de 2007



Do cinza do dia
Vestiste o teu olhar
Deixaste cair lentamente
As lágrimas de um Outono
Na pedra fria
Onde a nudez das tuas passadas
Se afogam nesse charco
Plantado no meio da rua
E o vento dança
Num voo liberto
Varre-te o pensamento
Enquanto a alma
Arde na fogueira do lamento
Porque choram teus olhos
Estilhaços de vida?
Talvez
Porque o tempo
Não é face mas sim disfarce
De um mistério plasmado
No arrepio de um choro.

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