Breves como a água doce que desliza sobre o cálice da vida são estes momentos que transbordam da alma abraçando a esperança de um amanhã que se vestirá de sorrisos bonitos ou lágrimas paradas num repouso feito pedra imolada nas mãos de Cristo feito de milagres de razão.
Foi!
É!
E será assim este tempo que se vive mesmo antes de o termos vivido na pura explosão dos sentidos sobrando apenas breves instantes.
Perfeito é o vento que nos transporta a outras paragens onde repousamos o olhar e deixamos que outras mãos moldem o barro que emerge deste nada onde sete palmos serão um dia o elevar deste todo a um mundo que vingimos conhecer ou tentamos ignorar
Há qualquer coisa em tudo isto que me escapa e arrepia deixando soltas as mãos.
As mãos onde tudo começa
As mãos que cavam sulcos onde nascerão rebentos
Mãos que se elevam a este céu baixinho esperando o respirar deste Cristo que desce qual sarça ardente e acarecia o rosto da alma e a forçaéeste ajoelhar sentindo a voz quebrar-se .
Mãos que desfiam as palavras, rosário de vida entre o sorrir e o deslizar do sal sobre um rosto curvado.Perfeitas orações cruzam-se nos céus do hoje retenindo quem sabe amanhã ao toque das trindades relembrando que fazem nascer no olhar o deslumbramento.
Mãos que criam e recriam para que a contemplação da alma seja a harmonia perfeita
TU passas-te assim breve tocando quem de ti se abeirou.
Vejo-te e nasce em mim o desejo de te tocar sentir as tuas mãos traçarem quase a bizel este corpo esculpido em barro.
Vejo-te homem sereno caminhando sobre o aqui este agora
Vejo-te mutilado enquanto adormeço sobre o regaço de uma lágrima que escapa deste rosto esculpido no barro.
E tudo isto foi relâmpago e não miragem de pequenos e breves instantes onde o EU se libertou e foi aquém do horizonte.
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