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terça-feira, 8 de maio de 2007

Disseste

Disseste que o carmim das rosas
Eram a fogueira acesa
Que transbordava do meu olhar
Sempre que a noite me tocava a alma
Disseste que o verde das tardes de Setembro
Era a esperança crescendo
Na eira do tempo
Onde a melancolia se desfolhava
Como pétalas de lírios
Cobrindo a tez das horas
Em instantes de luz
Dissestee que numa ilha
Não cabe a solidão
Nem a vertigem da dor
Nem o desespero do horizonte
Nem o bocejar do sol
Mesmo que o mar se ajoelhe

Disseste!Ah!Se disseste!
Mas!

Não disseste
Que nada é o acaso
Que há olhares onde nascem jasmins
Acendendo a luz da alma
Que na brancura deste pedaço de papel
Existem sinais
Que só a alma conhece
Não disseste que este Vértice de Alma
É apenas um capítulo de um livro
Onde tudo se lê
E nada está escrito!
Disseste!
O nada deste tudo
No todo que me abraça o olhar.

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