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quinta-feira, 17 de maio de 2007

Escrevo


Escrevo com o carvão dorido
As lágrimas perdidas
No oceano da vida
Escrevo a raiva
O ódio
O medo
A angústia
Que ficaram aquém de todas as sombras
Escrevo
A pobreza rasgada
Desse ventre alquebrado
Sob a angústia do nada
Que a enleia
EscrevoMiséria, raiva, dor
Com a alma em desassossego
Porque aqui bem dentro de mim
Não encontro a linha recta
Deste desassossego
Escrevo Alma
Com o lhar marejado
Porque do nada
Apenas restam as ossadas
De um corpo adormecido
Na eternidade de um tempo magro.

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