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terça-feira, 8 de maio de 2007

Lágrima

Era a última
Que rompeu todas as manhãs
Erguendo-se entre névoas e sombras
Subindo nas mãos do vento
Deslizando sobre o deserto
Estremecendo o olhar
Era a última
Transparente
Sentida
Sequiosa
De um rubro crespúculo
Numa tarde vestida
De memórias

Era a última lágrima
De um lago colado á pele
Num rosto sem idade.

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