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terça-feira, 8 de maio de 2007

Fios de Tempo


Soltam-se...
Entre a noite
E o amanhecer
Despenham-se do alto
Em gotas de chuva miudinha
Viajam num rio peregrino
Repassam as tormentas
Que cercam a vida
Calam o pânico destes Invernos
Que gelam os gestos
Esboçam a nudez de um sorriso
No redondo de uma praça
Sorvem a luz que transcende
Uma lágrima
Que rola a medo
Estremecem a foz deste tempo
Em arrojos de espuma
São...
Linhas fugidias...
Segmentos desnorteados...
Flechas de vento...
Golpes de luz
Nos segredos do escuro...
São...
Fios de tempo
Que abraçam a cintura
Da minha alma.

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